quinta-feira, 11 de março de 2010

NA SEMANA DA MULHER - UMA HOMENAGEM A NÍSIA FLORESTA


Nas comemorações da Semana da Mulher, homenagearemos uma das mais magníficas mulheres deste país. Nísia Floresta Brasileira Augusta, um verdadeiro símbolo da luta pelos direitos das mulheres brasileiras e, porque não dizer, de todo o mundo.

Nascida em 12 de outubro de 1810 no Sítio Floresta, arredores de Papary, Dionísia Gonçalves Pinto foi um dos três rebentos de Antônia Clara Freire (brasileira) e Dionísio Gonçalves Pinto (português).

Em função de conflitos políticos existentes na época, sua família viveu constantes deslocamentos durante sua infância.

No período em que morou no Recife, perdeu seu pai (assassinado) e casou-se com o advogado Manoel Augusto. Foi também nessa época (1832) que fez seu primeiro trabalho literário na imprensa pernambucana, sob o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta.

Ainda em 1832 passou a morar em Porto Alegre, onde de morte súbita perde o marido. Permanece por quatro anos na capital gaúcha publicando artigos nos jornais da época. Durante a Revolução Farroupilha decide morar no Rio de Janeiro, transferindo-se em 1837.

Durante sua estada na capital do Brasil foi muito boicotada pelos conservadores, em função de suas idéias revolucionárias e inovadoras que, obviamente, incomodavam a corte imperial.

Diante das constantes hostilidades, decide partir para a França. Em Paris aproxima-se do positivismo tendo assistido a conferências de Augusto Comte. Anos depois retorna ao Brasil e publica Opúsculo Humanitário, onde pôde exprimir seu pensamento sobre a educação da mulher e à sua condição feminina.

Com a morte da sua mãe, resolve voltar para a França.

De volta a europa conhece muitos países e muitas línguas. Convive com os intelectuais da época, publica em francês e italiano. Alguns de seus ensaios são traduzidos para o inglês.

Após a morte de seu irmão Joaquim Pinto Brasil, publica seu último livro em Paris, Fragments du’n Ouvrage Inédit – Notes Biographiques, uma elegia ao falecido irmão.

Muda-se para a Normandia onde viveu alguns anos na companhia da sua filha. Em Bonsecours, cidade medieval francesa, vive seus últimos dias de vida, vindo em falecer em 24 de abril de 1885 vítima de pneumonia, sendo sepultada no cemitério daquela cidade.

Em 9 de agosto de 1954 os restos mortais de Nísia Floresta deixam Bonsecours com destino a sua terra natal, que por sinal já se chamava Nísia Floresta.

Em 12 de setembro de 1954 chega ao seu último destino, um mausoléu construído em sua homenagem nas proximidades do local onde nasceu, permanecendo até os dias de hoje.

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