domingo, 31 de março de 2013

OS 50 ANOS DAS 40 HORAS DE ANGICOS




Alfabetizar-se não é aprender a repetir palavras, mas a viver a sua palavra, criadora de cultura.”
 (Paulo Freire - Pedagogia do Oprimido).



“É uma experiência. Uma experiência revolucionária”.  Foi assim que o jornal carioca Tribuna da Imprensa, em matéria datada de 1963, classificou o método de alfabetização de adultos do educador pernambucano Paulo Freire, posto em prática na cidade de Angicos, sertão do Rio Grande do Norte.

Em 2013, comemora-se o aniversário de 50 anos da experiência de Angicos. No dia 2 de abril de 1963, ninguém menos que o então presidente da República, João Goulart, deposto um ano depois por um golpe militar, esteve na cidade para o encerramento das atividades dos Círculos de Cultura, acompanhado pelo governador à época, Aluízio Alves. 

Desde então, Angicos se tornou um símbolo para todos os interessados em educação popular. Os objetivos essenciais da experiência se constituíam num verdadeiro desafio: fazer com que os participantes aprendessem a ler, escrever e viessem a se politizar em 40 horas. A proposta era de uma educação para a democracia e construção da cidadania efetiva. 

Ao fim da experiência, 300 pessoas foram consideradas alfabetizadas, com 70% de aproveitamento no “Teste de Alfabetização” e 87% no “Teste de politização”, segundo registro de Carlos Lyra, no livro “As quarenta horas de Angicos: Uma experiência pioneira de educação”, publicado em 1996. 

O experimento de Paulo Freire atraiu para Angicos, além de especialistas em educação, os principais veículos brasileiros e estrangeiros de comunicação. New York Times, Time Magazine, Herald Tribune, Sunday Times, United, Associated Press e o Le Monde enviaram representantes para conhecer “a mais importante experiência em matéria de educação na História do Brasil”, segundo registrou a Tribuna da Imprensa. 

No site criado em comemoração aos cinquenta anos da experiência freiriana, Angicos é retratada não só como símbolo da luta contra o analfabetismo no Brasil, mas também como um “caleidoscópio político e pedagógico”. 

Para o advogado Marcos Guerra, à época estudante e coordenador de um dos Círculos de Cultura, o método freiriano era “revolucionário”, em primeiro lugar, porque o educador Paulo Freire admitiu que a educação “não é neutra, mas sim um ato político”. “O modelo atual de educação não é neutro, porque visa domesticar [os educandos]”, analisou.  

A segunda razão, segundo avaliou o advogado, é que o método não dissociava os temas da educação dos temas de interesse da população. “Pergunte a qualquer aluno se ele estuda o que é de interesse deles? Os alunos passam a vida inteira estudando coisas de interesse dos outros”. 

O processo de alfabetização desenvolvido em Angicos era visto como um movimento cultural, cujo ponto de partida era a realidade do aluno, sua vivência e seu universo vocabular. Antes do início da experiência, um grupo formado em sua maioria por universitários realizou o levantamento do universo vocabular dos moradores da cidade, abrindo caminho para o que viria a seguir.  

Marcos Guerra disse, ainda, que o método freiriano leva o homem a aprender o seu papel de “protagonista para reformar e aperfeiçoar o mundo”. “No outro sistema [convencional], o homem é domesticado”, declarou o advogado-testemunha da experiência de Angicos.  

Os estudiosos de Paulo Freire costumam dizer que seu método compreendia a educação sob a perspectiva da consciência crítica, questionando o modelo tradicional que vê o educando como uma caixinha vazia, onde se podia depositar tudo. A educação freiriana é um processo inconcluso, inacabado.  

O método pioneiro aplicado em Angicos serviu de parâmetro para vários países do mundo e para outros programas de alfabetização de jovens e adultos do Brasil. Mas Marcos Guerra afirma que esses programas esquecem uma premissa fundamental de Paulo Freire: a universalização da oferta.

“Os programas atuas de alfabetização adquiriram deformações ao longo do tempo. Os cursos adquiriam outros custos, outros conteúdos e outras questões, se afastando da premissa do direito à educação para todos agora", refletiu.


Contexto Histórico


O contexto histórico em que o país e o mundo estavam inseridos quando Paulo Freire desenvolveu seu método de alfabetização em Angicos era dos mais agitados. Lá fora, vivia-se sob a tensão da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética. Por aqui, pairava a névoa precursora do golpe militar de 1964.

No Brasil daquele distante 1963, várias mobilizações eram desencadeadas em favor das chamadas reformas de base. As Ligas Camponesas fervilhavam o campo nordestino e a reforma agrária era a pauta de luta dos Sindicatos Rurais.

A educação, em sua dimensão mais política, despertou o interesse dos setores reformistas, movidos pela “necessidade de politizar e conscientizar o povo para que ele pudesse participar efetivamente da vida do país e influenciar decisivamente na transformação da sociedade brasileira”, segundo observou o professor do Departamento de Ciências Sociais da UFRN, José Willington Germano.

As classes dominantes não demoraram a reagir. Em abril de 1964, deu-se o golpe militar que depôs João Goulart da Presidência do Brasil. Como não poderia deixar de ser, a repressão comandada pelos generais atingiu o campo da educação e, consequentemente, Paulo Freire, que foi preso, processado, exilado e considerado subversivo. 

Paulo Freire percorreu mais de 50 países, deu aulas nas mais importantes universidades do mundo e levou seu método de alfabetização para nações da Ásia, África e América Latina. O pernambucano se tornou universal. A obra “Pedagogia do Oprimido” foi traduzida para mais de 20 línguas, tendo vendido mais de meio milhão de exemplares. Além disso, tornou-se doutor honoris causa por 28 universidades. 

O advogado Marcos Guerra lamentou que a experiência freiriana tenha sido “abandonada” com o tempo. “Eu me surpreendo com o fato de governos democráticos não terem reativado nada similar ao que Paulo Freire desenvolveu em Angicos. Todo mundo tem consciência do êxito daquele método, mas ele foi abandonado”, opinou.

No ano do cinquentenário da experiência de Paulo Freire em Angicos, Guerra deixou seu alerta em tom de surpresa: “Por que abandonamos a universalização da educação, se podemos e sabemos como fazer?”.

Fonte: Assessoria deputado Fernando Mineiro

sexta-feira, 22 de março de 2013

PROGRAMAÇÃO RELIGIOSA DA SEMANA SANTA NA PARÓQUIA DE SANTANA E SÃO JOAQUIM


A Paróquia de Sant’Ana  e  São Joaquim, convida você a participar das celebrações litúrgicas  da Semana Santa 2013, momento de forte experiência com Jesus, mergulhados no mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição .

Confira abaixo os dias e horários dos rituais sagrados.


Dia 22/03(Sexta-Feira)  - Procissão do Encontro

Locais de saída: Hospital Regional e Delegacia da Polícia Civil, às 17:00h.  

Dia 24/03 - Domingo de Ramos

Procissão e Missa saindo da Praça da Saudade 06:30h
Ainda pela manhã  às  09:45h procissão e missa, a noite às 18h45min também procissão e missa .

Dia 26/03 (Terça-Feira Santa)

Missa dos Enfermos, às 17:00h na igreja matriz

Dia 27/03(Quarta-feira Santa)
   
Procissão das Cruzes, saindo às 18:00h, da subestação das cruzes

Dia 28/03(Quinta-Feira Santa) 

Missa da Ceia do Senhor, às 17:00h na igreja matriz

Dia 29/03(Sexta-Feira Santa)  

Celebração da Paixão do Senhor, às 15:00h na igreja matriz

Dia 30/03(Sábado Santo) 

 Vigília Pascal, às 21:00h  na igreja matriz

Dia 31/03 Domingo de Páscoa

Missa às 19:00h

As confissões

Dia 26/03 e 27/03  (Terça-feira e Quarta-feira Santa)
Pela manhã, 09h00 às 11:30 e a tarde de 15h00 às 17h00.

Dia 28/03 (Quinta Feira Santa)
De 15h00 às 16:30h

Dia 29/03 (Sexta Feira Santa)
Pela manhã de 08h30 às 11h30

Enviado por Raul Barbosa

DESBRAVADORES APRESENTAM TRABALHO SOBRE DROGAS



CONVITE


Convidamos aos amigos blogueiros para participar de uma atividade desenvolvida pelo Clube de Desbravadores Valentes do Mipibu, o qual se realizará no próximo sábado, às 16 horas, na Igreja Adventista do 7º Dia, na rua Olavo Feliciano, 68, próximo á Esc. Mun. Prof. Severino Bezerra.

Trata-se de uma tarefa solicitada pela direção do clube para que eles apresentem os problemas provocados pelas principais espécies de drogas que tem afeta a juventude brasileira. O objetivo é alertar aos expectadores do perigos trazidos por elas.

Será uma satisfação ter a sua presença entre nós. Isso serve como incentivo para o trabalho dos jovens que estarão cumprindo esta tarefa.

Atenciosamente,

João Maria Pereira
Diretor Associado

quinta-feira, 21 de março de 2013

JORNAL "O ALERTA" CHEGA AOS 33 ANOS






Nesta quarta-feira, 20 de março, o jornal O ALERTA está comemorando 33 anos de existência. 

Durante todos esses anos sua leitura passou a ser indispensável para  moradores, que se mantém bem informados sobre as   notícias de São José de Mipibu, passando a ser reconhecido e já está incorporado a vida dos mipibuenses.

Foto: Amauri Freire
Um flagrante do amigo Dedé na cobertura da inauguração do "CINE CAJU", uma das ações da Associação Cultural Cajupiranga

No próximo sábado (23), O ALERTA vai circular com uma edição comemorativa, atingindo 427 edições ininterruptas. Um número raro para os jornais alternativos, semelhante ao ALERTA, com tamanha longevidade no Estado.

Hoje, O ALERTA é uma fonte de pesquisa da história de São José de Mipibu.

José Alves – Editor

segunda-feira, 11 de março de 2013

OPINIÃO DO EX-JOGADOR ROMÁRIO SOBRE EDUCAÇÃO NO BRASIL





"O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada.
 

O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. 

O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. 

E seus professores?

Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. 

Há quem se beneficie disso. 

As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. 

A Saúde é importante? 

Lógico que é. 

Mas a Educação de um povo é muito mais".

terça-feira, 5 de março de 2013

DIDI AVELINO COMENTA A NOMEAÇÃO DE GILSON MATIAS NA CHEFIA DA REPRESENTAÇÃO REGIONAL DO MINISTÉRIO DA CULTURA NO NORDESTE


Didi Avelino

Como é bom estar na minha terra e receber uma notícia tão significativa sobre esse conterrâneo notável que é Gilson Matias !

Significativa para mim e para uma legião de amigos que sabem da sua competência, militância e talento para lidar com as causas sociais, sobretudo, a educação, seu singular ofício. Significativa para Seu Geraldo e Dona Nina, seus orgulhosos pais, e para toda a sua família. Significativa, enfim, para São José de Mipibu e para o Rio Grande do Norte que têm motivos de sobra para se orgulhar desse seu filho ilustre.

Gilson Matias reúne todas as condições para realizar um grande trabalho na chefia da Representação Regional do MinC no Nordeste, pois, acima de tudo, é um apaixonado pela cultura do seu estado e da sua região, conhecendo-a como poucos.

Só espero, nessa minha breve temporada na terrinha, ter o prazer de abraçá-lo e, pessoalmente, desejar-lhe sucesso e grandes realizações nesse novo desafio.

Vamos à luta, companheiro, pois a cultura nordestina necessita muito de homens como você !

Um forte e fraterno abraço.

DIDI AVELINO