Caros leitores,
O descaso com a cultura não é "privilégio" apenas dos mipibuenses.
Vejam a matéria publicada hoje na Tribuna do Norte, denunciando a situação de abandono dos poucos espaços dedicados à cultura na cidade de Janduís/RN.
Lamentável.
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Filarmônica e Ponto de Cultura
tiveram que sair da Casa
tiveram que sair da Casa
A Casa de Cultura Popular Vapor das Artes, em Janduís, está
abandonada. Há um ano e meio o local não apresenta mais envolvimento com as
atividades desenvolvidas pelo município, comprometendo dessa forma os projetos
que beneficiam a população em vários aspectos. O prédio está fisicamente
decrépito e sem serventia. A administração municipal e o governo do Estado
estão em acertos para ajustar a situação.
Morosidade e questões políticas atuam para o atual estado
das coisas. Ações culturais realizadas na Casa de Cultura acabaram, ou mudaram
de endereço. Os ensaios da Filarmônica 12 de Junho, do projeto Banda de Música
do ponto de cultura Semearte, hoje são realizados na cozinha de uma residência.
Segundo informações do presidente da Fundação Municipal de Cultura, Lindemberg
Bezerra, os ensaios foram proibvidos pelas agentes do governo que tomam conta
do local. "Disseram que os ensaios eram barulhentos e atrapalhavam o trabalho
delas", conta.
Outra ação prejudicada foi a oficina de informática do Ponto
de Cultura Semearte, que capacitava jovens locais da região, praticamente
despejada da casa. Os equipamentos não foram instalados em outro lugar, por
falta de estrutura. A Escola de Inclusão Digital, administrada pela Emater,
também está sem funcionar há dois anos. Segundo Lindemberg, o desinteresse se
arrasta há seis anos. "A Casa nunca foi oficialmente inaugurada, e nunca
passou por uma manutenção", afirma.
Lindemberg afirma que um contexto de contendas políticas
está contribuindo para a Casa se mantar abandonada e sem apoio.
"Sinceramente, falta boa vontade", diz. A diretora da Fundação José
Augusto, Ivanira Machado, irá quarta-feira a Janduís para observar a questão pessoalmente
e conversar com os envolvidos. "Não posso me basear em maledicências, só
terei uma opinião quando ver a situação. Mas já adianto: a Casa de Cultura é da
comunidade, e isso deve prevalecer sobre qualquer questão política", conclui.
Tribuna do Norte
Publicado em 31 de julho de 2012
Publicado em 31 de julho de 2012