quarta-feira, 4 de maio de 2011

ARTIGO - PADRE MATIAS SOARES

Pe. Matias Soares



A paz é dom de Deus



Como é bom estar em paz! Ela é dom de Deus. É algo que nos é concedido para que possamos experienciar a presença do Eterno tornado presente, em nós. Eis porque a consideramos como mais pura gratuidade do Senhor. Infelizmente ainda há quem não a ame. Por sinal, a primeira etapa para possessão de tão maravilhosa dádiva é o desejo de buscá-la e, conseqüentemente, possuí-la.

Na liturgia do II domingo da Páscoa, Jesus Cristo nos diz: “a paz esteja convosco!” (Jo 20,20). Acolhamos a paz. O nosso salvador no-la concedeu. Quem seria tão insensato em não a querer?! Nenhum tesouro do mundo paga a alegria de estarmos em paz. Quem acolhe a presença de Jesus Cristo encontrará a verdadeira e única paz. Sem ela, nós, famílias, escolas e várias outras instituições, não lograremos o verdadeiro significado da justiça. A Doutrina Social da Igreja afirma que a paz é fruto da justiça. Parafraseando Rui Barbosa, podemos dizer que “sem Deus não há justiça”, e claro que como cristão que era, se refere ao Deus Pai de Jesus. Nós continuamos a pregar e anunciar esse Deus.

Nos deparamos constantemente com a problemática da Segurança Pública. A Carta Magna assevera que é dever do Estado garanti-la aos cidadãos. Por causa dos desmandos da política brasileira, o texto constitucional não está sendo respeitado. Mas, por isso, vamos deixar de lutar por ela? Claro que não! Façamos uma corrente pela paz. Formemos uma cultura da paz. Que as nossas palavras, ações, discursos e intentos, venham nos auxiliar e orientar para esta Terra Prometida! É isto mesmo. A paz tem que ser para cada pessoa um lugar, uma Utopia, que tem espaço e tempo. No mundo, nas civilizações, nos países, estados, municípios, mui especialmente o nosso, digamos como o Mestre e Senhor: a paz esteja convosco!

A Mídia mundial divulga e verbaliza a morte de Bin Laden. Para quem matou isto é esperança de possível redirecionamento das relações entre os grupos extremistas do Islã. Para quem reelabora o acontecimento numa outra perspectiva, isto será estopim para retomada dos ataques terroristas. O mundo se volta para o fato e se pergunta o que realmente aconteceu e qual o simbolismo desta epopéia globalizada. Estudiosos da filosofia política, considerando interdisciplinarmente, o estado da questão, consideram necessária o papel da religião como ponto de equilíbrio para consecução da paz. E ninguém instrumentalize a discussão confundindo fundamentalismo religioso, que obscurece a racionalidade da religião, com a via da racionalidade da religião, que na modernidade oferece aos sujeitos as condições de interação que possibilitam o respeito mútuo.

Por fim, que reine entre nós o desejo de estarmos em paz, conosco, com os outros e com Deus! Assim o seja!


Pe. Matias Soares
Pároco de São José de Mipibú-RN

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