Foto: Andressa Mirella - Divulgação
A cultura popular perdeu um ícone potiguar. O poeta cordelista José Saldanha Menezes Sobrinho, ou Zé Saldanha, faleceu na tarde de ontem, aos 93 anos de idade, vítima de complicações de uma cirurgia do intestino. Zé Saldanha estava internado desde o dia 10 de julho no Hospital São Lucas, chegou a retornar ao quarto após a cirurgia, mas não resistiu a uma infecção e faleceu por volta das 15h. "Ele já vinha falando na festa de 100 anos porque ele brincava que queria emendar uma vida na outra. E, na verdade, ele emendou com a poesia dele", disse Andressa Saldanha, neta do poeta.
Zé Saldanha nasceu em 23 de fevereiro de 1918, na fazenda Piató, município de Santana do Matos. Publicou mais de 200 livretos de cordel, livros em prosa, e quase mil folhetos. O primeiro folheto foi O preço do algodão e o orgulho do povo, publicado em 1935, aos 17 anos. Ele também criou a Associação Estadual dos Poetas Populares do Rio Grande do Norte (AEPP), em 1975, agregando repentistas, emboladores de coco, aboiadores, glosadores e poetas de cordel, entre outros artistas. Em 1993, foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira dos Estudos do Cangaço (SBEC).
A paixão pelo cordel e pela vida lhe acompanhou até os últimos dias. A neta de Zé Saldanha conta que ele produziu até um dia antes de ser internado e ainda se exercitava diariamente. "Ele escrevia todos os dias, tem poesia dele por todos os lados aqui em casa, muita coisa que ainda não foi publicada. Vovô era um homem muito ativo, saudável, caminhava todos os dias para se exercitar", disse Andressa. Apesar da dor da perda, a família se consola na obra do poeta que permanecerá como um legado. "O poeta descansou, mas a poesia dele continuará viva", disse. A família vai levar as poesias de Zé Saldanha para expor no velório para prestar-lhe uma homenagem. Zé Saldanha era viúvo, deixa seis filhos, 27 netos e 9 bisnetos. O velório acontece no Cemitério Morada da Paz e o sepultamento está previsto para às 11h desta quarta-feira.
Fonte: Diário de Natal
Zé Saldanha nasceu em 23 de fevereiro de 1918, na fazenda Piató, município de Santana do Matos. Publicou mais de 200 livretos de cordel, livros em prosa, e quase mil folhetos. O primeiro folheto foi O preço do algodão e o orgulho do povo, publicado em 1935, aos 17 anos. Ele também criou a Associação Estadual dos Poetas Populares do Rio Grande do Norte (AEPP), em 1975, agregando repentistas, emboladores de coco, aboiadores, glosadores e poetas de cordel, entre outros artistas. Em 1993, foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira dos Estudos do Cangaço (SBEC).
A paixão pelo cordel e pela vida lhe acompanhou até os últimos dias. A neta de Zé Saldanha conta que ele produziu até um dia antes de ser internado e ainda se exercitava diariamente. "Ele escrevia todos os dias, tem poesia dele por todos os lados aqui em casa, muita coisa que ainda não foi publicada. Vovô era um homem muito ativo, saudável, caminhava todos os dias para se exercitar", disse Andressa. Apesar da dor da perda, a família se consola na obra do poeta que permanecerá como um legado. "O poeta descansou, mas a poesia dele continuará viva", disse. A família vai levar as poesias de Zé Saldanha para expor no velório para prestar-lhe uma homenagem. Zé Saldanha era viúvo, deixa seis filhos, 27 netos e 9 bisnetos. O velório acontece no Cemitério Morada da Paz e o sepultamento está previsto para às 11h desta quarta-feira.
Fonte: Diário de Natal
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