Tanscrevo a matéria escrita pelo jornalista Luís Fausto, publicada no blog Brasília Urgente, sobre a morte do senador Romeu Tuma.
Finalmente alguém teve bom senso, e escreveu algo condizente com a postura e o perfil do agora ex-senador.
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A morte não melhora ninguém
Por: Luis Fausto
Morto ontem aos 79 anos de idade, o senador paulista e delegado aposentado da Polícia Federal Romeu Tuma ganhou de gregos e troianos homenagens póstumas e algumas vezes hipócritas.
Alguns chegaram a dizer, como o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que Tuma foi "um exemplo de homem público".
Não foi, não.
Especialmente quando começou a sua carreira policial, em 1969, no auge da ditadura militar, ao lado do delegado e torturador Sérgio Fleury Paranhos - o temido e facínora diretor do Dops, uma casa de horrores e de atentados contra a democracia e os direitos humanos.
E principalmente quando passou a colaborar com o SNI, o Serviço Nacional de Informações criado pelos militares com o único objetivo de perseguir e neutralizar quem combatia o golpe de 1964.
Eleito senador da República pela primeira vez em 1994, de lá para cá Tuma se transformou em defensor do Estado de Direito que transgrediu e desrespeitou como delegado policial.
Mesmo assim, não conseguiu apagar o seu passado torto.
Porque a história não se muda, nem pode ser recontada.
Luis Fausto é jornalista e edita o blog Brasília Urgente
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