Mais uma vez, não é Mineiro na tribuna da Assembleia Legislativa nem Crispiniano nesta que mostram a face do caos administrativo que se instalou no Rio Grande do Norte com a chegada do DEM ao poder. É o delegado-geral da Polícia Civil, portanto, um homem do próprio poder e um promotor de Justiça que não tem partido político nem interesse em voto. Praticamente, transcrevo matéria do site natalpress.com, postado ontem, às 10h35 da manhã: A grave situação da Segurança Pública no Rio Grande do Norte foi o tema principal da edição de hoje do Jornal Da Manhã, da 95 FM.
O delegado-geral da Polícia Civil, Fábio Rogério, admitiu que "o caos está instalado na Segurança Pública".
O promotor Wendell Beetoven disse que não há como negar a situação caótica, mas apontou que se trata, também, de um problema de gestão, com muitos delegados em funções administrativas e longe das unidades policiais. Disse, ainda, que a falta de dinheiro, argumento usado pelo Governo do Estado, "é um mito". Ele disse ter expectativa de que o Governo convoque em breve pelo menos parte dos 509 aprovados no último concurso realizado pela Polícia Civil.
Fábio Rogério informou que, entre 1997 e 2011, 20 delegados, 40 escrivães e 111 agentes deixaram os quadros da Polícia Civil por motivos de aposentadoria e demissão, dentre outros. O promotor Wendell Beetoven diz que a situação caótica é inegável, mas também se deve a problema de gestão, afirmando que a Polícia Civil tem 140 delegados, mas há dezenas de delegados em funções administrativas ou em licença e longe das unidades policiais.
O representante do Ministério Público disse ainda que a falta de policiais é evidente. Em 2010, a Polícia Civil teve o número de cargos aumentado de 2.500 para 5.150, mas ainda está com 75% dos seus quadros vagos. O último concurso foi realizado em 1996. Beetoven disse que o Tribunal de Justiça ainda vai julgar o mérito da ação movida pela Adepol - Associação de Delegados da Polícia Civil - para que o Estado convoque os 509 aprovados no último concurso. "O Tribunal de Justiça apenas derrubou a liminar concedida em primeira instância para que o Estado convocasse os aprovados", observou o promotor, lembrando que o argumento da falta de dinheiro não serve mais e será levado ao conhecimento do Tribunal de Justiça, referindo-se a decretos do governo, publicados na semana passada, abrindo créditos suplementares em razão do excesso de arrecadação do ICMS.
Fonte: Coluna de Crispiniano Neto/Jornal de Fato
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