COMO SE FALA EM NATAL
Cabra posudo é gabola
Otário é abigobel
O chato é galado
Puxa saco é xeleléu
Nêgo alto é galalau
Botão de som e tv é pitoco
Se é miúdo é pixototinho
Se for resto é catôco
Tudo que é bom é massa
É arretado, é primêra
Tudo que é ruim é peba
também pode ser reiêra
Moça nova é boyzinha
Mulher solteira é caritó
A galinha é inchirida
Lança perfume é loló
Ponta de cigarro é piúba
Bordel se chama berel
Longe é a casa da mãe pantanha
é lá na casa do chapéu
Muita coisa é ruma
Se tá folgado é folote
Pouca coisa é um tico
Uma turma é um magote
O tímido é bisonho
Tá de fogo, tá melado
O surdo se diz môco
Quem tem sorte é cagado
Pedaço de pedra é xêxo
Ladrão pequeno é xexêro
O mesquinho é amarrado
Cabra safado é fulêro
Papo furado é aresia
Nêgo insistente é prisiaca
Se for pior se diz frechado
Catinga de suor é inhaca
Rir dos outros é mangar
Mexer os quartos é mengar
Quem observa tá só cubando
Faltar aula é gazear
Quem é pálido é impamelado
Quem é franzino é xôxo
O bobo se chama leso
O medroso se chama frôxo
Pernilongo é muriçoca
Chicote se chama acoite
Quem entra sem licença imbióca
Sinal de espanto é VOT'S
Tá com raiva, tá invocado
Vai sair diz "vou chegar"
Cabra sem dinheiro é liso
Dar um amasso é sarrar
Sujeira de olho é remela
Toca disco é radiola
Meleca se chama caraca
Peido se chama sola
Mancha de pancada é roncha
Briga pequena é arenga
Performance é munganga
Prostituta é mesmo quenga
Bola de gude é biloca
Fofoca é fuchico
Estouro é papôco
Cu aqui se chama furico
Cleudo Freire
Compositor, cantor e instrumentista potiguar, autor do livro Papo Jerimum, lançado pela editora Sebo Vermelho, um dicionário rimado com expressões usadas pelo povo da adeia natalense.
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