Era uma vez, um CENTRO DE REABILITAÇÃO EDUCACIONAL PROFESSORA JANILZA FERREIRA – CRE, fundado em São José de Mipibu, em 14 de outubro de 1992, pela Lei 499/92, com o intuito de atender crianças com necessidades especiais, advindas do ensino regular. Passou ao longo dos seus 18 anos de existência por diversas mudanças, ampliou e capacitou seu quadro profissional para adequar-se e melhor tratar a pessoa com deficiência.
Com o “objetivo de prestar serviço à pessoa com deficiência a partir de um atendimento de qualidade, elevando o desempenho dos nossos usuários e valorizando a integração da instituição com a comunidade escolar” (do PPP-2004), o CRE contaVA com uma equipe pedagógica, técnica e de apoio que organizaVA e coordenaVA atividades pedagógicas e clínicas que atendiam a essa clientela.
A equipe pedagógica, conta com professores em sua maioria pedagogos e especialistas, e destaca-se por oferecer um trabalho planejado e sistematizado através de projetos, que visam fornecer o suporte necessário a pessoa com deficiência, para o ingresso e permanência no ensino regular. Oferecido por profissionais do quadro da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e desportos.
A equipe técnica fornece o atendimento clínico e o suporte necessário ao atendimento pedagógico, favorecendo uma melhor qualidade de vida a essa pessoa. Oferecido por profissionais do quadro da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e desportos, da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Assistência Social
O CRE era assim organizado:
Equipe pedagógica – Oficinas de Língua e literatura, matemática, natureza e sociedade, artes, libras, educação física e recreação.
Equipe técnica – Assistência social, arte terapia, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, psicomotricidade e terapia ocupacional.
Projetos – Adolescer e adultecer- com jovens e adultos e Cantinho aCREditar com os pais.
Diante do exposto, o CRE prestava um serviço de excelência que só quem trabalha, precisa ou se interessa pela causa da pessoa com deficiência, conhece.
Agora, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Educação, alega não poder manter o serviço que apóia as famílias e as pessoas com deficiência do nosso município e municípios vizinhos e visa transformar o CRE em escola de ensino regular e, as pessoas que recebiam o suporte pedagógico, deixarão de recebê-lo, pois deverão ser matriculadas somente na escola próximo a sua casa.
Era uma vez uma história que hoje está acabando... Assim, sem busca nem aceitação de alternativas...
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“Se um dia lhe der um grande desânimo de batalhar... busque no CRE uma força – haverá alguém a te acolher.
Se um dia tiver a fim de desabafar... busque no CRE uma ouvido – haverá alguém para te escutar.
Se um dia sentir-se fraco, precisando de um empurrãozinho... busque o CRE – haverá uma mão para te apoiar.
Mas, se um dia buscares tais respostas e o CRE não te responder... chame os teus e faça algo, pois neste momento o CRE estará precisando de você.”
(texto reflexivo de uma reunião administrativa e pedagógica do dia 09/05/2003)
Maria Leandra Pereira Fernandes
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