Alzira SorianoA data que celebra o Dia Internacional da Mulher foi instituída em um contexto de luta por direitos. Em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque realizavam uma greve por melhores condições de trabalho e salário. A fábrica foi trancada e incendiada com as trabalhadoras. O número de mortas alcançou aproximadamente 130 tecelãs.
A luta por direitos das mulheres, desde então, é repleta de símbolos. O Rio Grande do Norte tem posição de vanguarda, com a primeira mulher inscrita como eleitora, Celina Guimarães Viana, na Mossoró de 1927, e a primeira mulher eleita prefeita na América Latina, Alzira Soriano, que assumiu a prefeitura de Lages em 1929 (eleita em 1928).
A luta por direitos das mulheres, desde então, é repleta de símbolos. O Rio Grande do Norte tem posição de vanguarda, com a primeira mulher inscrita como eleitora, Celina Guimarães Viana, na Mossoró de 1927, e a primeira mulher eleita prefeita na América Latina, Alzira Soriano, que assumiu a prefeitura de Lages em 1929 (eleita em 1928).
Luiza Alzira Soriano Teixeira nasceu no dia 29 de abril de 1897, em Jardim de Angicos, Rio Grande do Norte.
Casou-se em 29 de abril de 1914 com Thomaz Soriano de Souza Filho, um Promotor pernambucano, com quem teve três filhas, tendo ficado viúva aos vinte e dois anos.
Em 1928, aos 32 anos, disputou as eleições para Prefeito, pelo Partido Republicano, no Município de Lages, Rio Grande do Norte, com Sérvulo Pires Neto Galvão, vencendo o referido Pleito com 60% dos votos.
Foi a primeira mulher da América Latina a assumir o governo de uma cidade, segundo notícia publicada na época pelo jornal americano “The New York Times”.
Tomou posse em 1º de janeiro de 1929, tendo, assim, se tornado a primeira Prefeita eleita no Brasil e na América do Sul.
Depois de prefeita, ela ainda foi eleita por três vezes vereadora na cidade de Jardim de Angicos, algo incomum naquele tempo.
Sua família guarda fotos históricas da época, numa delas, a prefeita aparece em meio ao seu gabinete formado exclusivamente por homens.
Após a Revolução de 1930, Alzira Soriano perdeu o seu mandato, por não concordar com as normas ditatoriais do Governo de Getúlio Vargas.
Dois anos depois disso, em 1932, as mulheres conquistariam definitivamente o direito de votar.
Após a Revolução de 1930, Alzira Soriano perdeu o seu mandato, por não concordar com as normas ditatoriais do Governo de Getúlio Vargas.
Dois anos depois disso, em 1932, as mulheres conquistariam definitivamente o direito de votar.
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