segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

GUERRA E PAZ - A EXPOSIÇÃO DOS PAINÉIS DE PORTINARI NO MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA


Contrariando meu lado carnavalesco, resolvi nesse ano de 2012 dar um pause nas festas de momo e viajar um pouco pelo Brasil, vendo e vivendo as coisas desse imenso país.

Desde o início de fevereiro que venho andando Brasil afora, e, justo agora no período carnavalesco, aporto na cidade de São Paulo, ao lado do meu irmão Hermes e da amiga Ana, companheiros de viajem a partir de Brasília.

Vista do complexo do Memorial da América Latina

Já vi muita coisa nesses mais de 3 mil quilômetros, entretanto jamais poderia deixar de registrar neste blog minha passagem pelo Memorial da América latina, onde pude ver de perto a mais grandiosa obra de um artista brasileiro, os painéis Guerra e Paz, pintados por Cândido Portinari.

Um registro ao lado das amigas Ana e Jandira



A EXPOSIÇÃO


Após serem restaurados em ateliê aberto no Palácio Gustavo Capanema, sede do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro, os painéis Guerra e Paz, estão em exposição desde o início de fevereiro no Memorial da América Latina, em São Paulo. A obra, realizada entre os anos de 1952 e 1956, é a última e maior de Portinari e foi feita por encomenda do governo brasileiro para presentear a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. A circulação da obra só foi possível devido a reformas no prédio da instituição e para lá retornarão em agosto de 2013, após passar por vários países, entre eles a Noruega, por ocasião da entrega do Prêmio Nobel da Paz, em dezembro de 2012.

A exposição em São Paulo é parte do Projeto Portinari e conta com o apoio do Ministério da Cultura. Além dos grandiosos murais, estão expostos cerca de 100 dos estudos originais preparatórios para Guerra e Paz, e também uma centena de documentos históricos, entre cartas e fotos, que contam, em detalhes, toda a trajetória de criação das obras. Ainda são exibidos, ao longo da mostra, documentários sobre a vida e a obra do pintor.





Os responsáveis pela exposição cordialmente permitiram aos visitantes fotografar os painéis, desde que não fosse utilizado o recurso de flash




SENSIBILIDADE A FLOR DA PELE


Mesmo contrariando orientações médicas que desaconselhavam o uso de tinta óleo, já que apresentava sintomas de intoxicação pelo chumbo presente no composto da tinta, Portinari encarou a encomenda do governo brasileiro como missão e criou um dos mais belos e impactantes testemunhos da loucura humana.

Portinari retratou a guerra não por meio de soldados ou equipamento bélico, mas por meio das suas vítimas, especialmente aquela que sofre a dor maior: a mãe que perdeu o filho.

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